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Sintomas, cuidados e prevenção da Febre amarela são abordados em webconferência

Erika SantosA coordenadora do Serviço de Urgência e Emergência da Secretaria Estadual de Saúde do Estado de Minas Gerais, Érika Santos, realizou a webconferência do projeto Telenfermagem da Escola de Enfermagem da UFMG abordando o tema Febre Amarela: sinais e sintomas, cuidados e prevenção para os municípios cadastrados pelo Programa Nacional de Telessaúde Brasil Redes.

Ela apresentou os dados epidemiológicos sobre a Febre Amarela de julho de 2017 a junho de 2018, e afirmou que foram confirmados 446 casos da doença em Minas Gerais, destes casos, 150 evoluíram para óbito e outros 567 casos continuam em investigação. Do total de casos confirmados de febre amarela silvestre, 387 (86,8%) são do sexo masculino e 59 (13,2%) do sexo feminino. Dentre os óbitos, 10 foram do sexo feminino, representando 6,7% do total de óbitos confirmados. Destacou que todos os casos foram confirmados laboratorialmente e a média de idade dos casos confirmados é de 48 anos (0 – 88 anos). Afirmou que a letalidade por febre amarela em Minas Gerais no período de 2017/2018 é de aproximadamente 33,6%.

A enfermeira explicou que dentre os casos em investigação, há registro de 11 pacientes que estão sob observação, com histórico de vacinação prévia e exame positivo para Febre Amarela. Alertou que esses pacientes permanecem em investigação para levantamento de informações clínicas e epidemiológicas fundamentais para conclusão dos casos.

De acordo com Érika, a cobertura vacinal no estado está em torno de 95,16% sendo satisfatória, não impedindo que o estado aumente ainda mais a cobertura. “O esforço da secretaria de unir os dados gerou maior assertividade sobre perfis epidemiológicos da Febre Amarela no estado, mas ainda é necessário que os serviços introjetem o que cabe a cada um realizar e quais as ações que podem ser depreendida contra a doença”, pontuou.

A coordenadora sugeriu que os profissionais que assistiam a webconferência acessassem o site da Fundação Oswaldo Cruz onde havia uma pesquisa com uma prospecção de como estaria o Brasil em 30 anos e também pensar como estará o estado em um ano de acordo com o avanço epidemiológico da Febre Amarela. “Isso deve sensibilizar os profissionais em prol de uma assistência adequada para a população”.

A enfermeira abordou a sintomatologia de Febre Amarela. Segundo ela, muitos dos sintomas iniciais são inespecíficos exigindo não apenas expertise clínica dos profissionais, mas também conhecimento do perfil epidemiológico para identificar casos suspeitos de Febre Amarela. Acrescentou que os casos suspeitos geram um fluxo na rede que foi criado pela Secretaria do Estado de Minas Gerais. “O fluxo proposto necessita ser conhecido principalmente por parte dos profissionais da Atenção Básica, uma vez que estes estão em contato com a população. Esse conhecimento envolve trabalhar com a gestão e gerenciamento de riscos como segurança para oferecer uma assistência com qualidade, pois, são os sinais e sintomas que contribuem para definir o caminho a ser percorrido na linha de cuidado”, destacou.

Érika explicou que os profissionais de Serviços de Urgências e Emergências devem ficar alertas quanto a avalição do paciente no momento da triagem, uma vez que pessoas que chegam com sintomatologia sugestiva de Febre Amarela são classificados como azul ou verde (atendimentos não prioritários) e não vermelho ou laranja (atendimentos prioritários), postergando o atendimento e a identificação de casos suspeitos. “Uma das soluções para isso é articulação apropriada entre a Atenção Básica e os Serviços de Urgências”, finalizou.