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Comissão Permanente de Política para os Animais promove treinamento para profissionais da segurança da UFMG

Nos campi da UFMG, problemas como o abandono e maus tratos aos animais são crescentes e necessitam de enfrentamento urgente e constante. Diante dessa realidade e do reconhecimento da importância de estratégias de orientação da comunidade, a Comissão Permanente de Política para os Animais dos Campi da UFMG desenvolveu, com apoio dos voluntários do Programa de Manejo, materiais educativos e está promovendo treinamento para os profissionais da segurança dos campi Pampulha e Saúde com o objetivo de capacitar para lidarem com questões que envolvem a presença dos animais no campus, como comportamento animal, zoonoses, abandono, maus tratos, incidências e urgências.

O treinamento acontece de forma presencial e em pequenos grupos, respeitando as medidas de segurança contra a Covid-19. Os profissionais são capacitados e recebem um material educativo impresso e fichas de orientação rápida, que servirão como um material de apoio e de consulta após o treinamento, com questões envolvendo a relação homem-animal; doenças zoonóticas e suas formas de prevenção; incidências, urgências e emergências, como proceder diante delas e telefones e contatos úteis. Além disso, cartazes para coibir o abandono foram afixados próximos às portarias de entrada e saída dos campi.

Professora Vania com os profissionais da segurança campus Saude2Professora Vania Goveia com os profissionais da segurança após o treinamento no campus Saúde da UFMG. Foto: Arquivo da Comissão

A professora do Departamento de Enfermagem Básica da Escola de Enfermagem da UFMG, Vania Regina Goveia, que faz parte da Comissão e coordena o Projeto Proteger e cuidar: gatos do Campus Saúde da UFMG relata a importância dessa capacitação. “Acredito muito no trabalho em parceria que estamos desenvolvendo com os profissionais de segurança do Campus ao longo desses anos. O treinamento veio estreitar essa relação, com orientações específicas para intensificar medidas de vigilância e prevenir o abandono. A legislação em vigor caracteriza o abandono como crime de maus tratos aos animais com pena de multa e prisão. Portanto devemos estar atentos para identificar criminosos e denunciá-los”.

O coordenador do Núcleo Avançado do Departamento de Logística de Suprimentos e de Serviços Operacionais do Campus Saúde (DLO), Raphael Mantovani, participou do treinamento e destacou que todo o trabalho realizado pela Comissão Permanente de Políticas de Animais da UFMG é de fundamental importância. “É necessário esse trabalho educativo, a fim de que os funcionários presentes no dia a dia do Campus possam saber como agir em situações envolvendo os animais que vivem nesse espaço. As informações e orientações repassadas aos nossos colaboradores auxiliarão no manejo e, também, a evitar maus tratos e abandonos”.

A comissão
Criada em 2019, a Comissão Permanente de Política de Animais nos Campi visa propor e implementar ações destinadas à proteção da população animal na Universidade. Além dos animais silvestres que dividem espaço com a comunidade acadêmica, como os micos e aves encontrados no campus Pampulha, a Comissão também é responsável pelo manejo de espécies domésticas, como gatos e cachorros, geralmente abandonados nas unidades.

As ações são desenvolvidas sob a ótica do respeito à Lei de Crimes Ambientais, que preconiza que abandono e maus-tratos de animais, silvestres ou domésticos, são crimes. O presidente da comissão é Luiz Carlos Villalta, professor da Fafich, a vice-presidente é Christina Malm, professora da Escola de Veterinária, os integrantes  são: professora Vania Regina Goveia, da Escola de Enfermagem; professora Danielle Ferreira de Magalhães Soares e professor Marcelo Pires de Carvalho da Escola de Veterinária, e a bióloga Fernanda Louro de Sousa, do Departamento de Gestão e Ambiental (DGA).