A Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, em parceria com a Editora holandesa Elsevier BV, divulgou a atualização 2022 para o “Updated science-wide author databases of standardized citation indicators”, levantamento que avalia o impacto e a relevância dos pesquisadores e dos trabalhos científicos, e reúne o grupo de 2% dos cientistas mais influentes do mundo. Os professores Deborah Malta e Rafael Moreira Claro, dos departamentos de Enfermagem Materno-infantil e Saúde Pública e Nutrição, respectivamente, estão entre eles.
O estudo analisa a influência dos cientistas com base na Scopus – o maior banco de dados mundial de resumos e citações de publicações científicas revisadas por pares –, a partir do cálculo de um indicador composto de citações (c-score), capaz de retratar de maneira mais abrangente o impacto do trabalho de cada cientista.
Os cientistas são classificados em 22 campos científicos e 176 subcampos. Os percentis específicos de campo e subcampo também são fornecidos para todos os cientistas que publicaram pelo menos cinco artigos. O índice composto de citações é calculado a partir de seis parâmetros: número total de citações, excluindo as autocitações, recebidas no ano anterior; índice H; índice ajustado de coautoria Schreiber; número de citações recebidas em trabalhos cujo pesquisador é autor único; número de citações recebidas em trabalhos cujo pesquisador é autor único ou primeiro autor; e número de citações recebidas em trabalhos cujo pesquisador é o autor único, primeiro autor ou último autor.
A professora Deborah está na 23ª posição no Brasil, 2ª na UFMG, 3ª na Public Health e destaca que é uma honra estar no ranking de autores mais citados. “Esta posição resulta de muito trabalho, muitas parcerias, envolvimento de alunos de pós-graduação, iniciação científica, colegas da UFMG, de diversas parcerias nacionais e internacionais e apoio institucional. Espero que esses estudos possam contribuir na melhoria da qualidade de vida das pessoas, apontar as grandes desigualdades em saúde e assim apoiar gestores na grande tarefa de implementar melhores práticas em saúde”.
O professor Rafael, que está na 435ª posição Brasil, 17ª na UFMG, 18ª Public Health, enfatiza que a citação é uma importante medida de impacto dos trabalhos científicos. “De forma geral, ela indica o quanto a comunidade científica está se apropriando de um conhecimento e o utilizando na produção de novos conhecimentos. Atualmente temos cerca de 30 mil periódicos científicos publicando quase 2 milhões de artigos por ano. Este ranking se volta sobre os trabalhos e pesquisadores citados nos maiores periódicos desse enorme mercado. Ter o trabalho reconhecido pelos pares nessas condições é certamente um momento de grande reconhecimento na carreira acadêmica”.
O professor também está entre os 20 cientistas brasileiros mais citados no mundo em 2022, segundo levantamento elaborado pela consultoria Clarivate Analytics. Denominado Pesquisadores Altamente Citados (Highly Cited Researchers), o estudo cita 6.938 pesquisadores de diversos países. A lista dos pesquisadores altamente citados “identifica e celebra pesquisadores individuais excepcionais que estão tendo um impacto significativo na comunidade de pesquisa, conforme evidenciado pela taxa em que seu trabalho está sendo citado por seus pares”.