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Campus Saúde promove atividades educativas no Dia Mundial sem Tabaco

pulmaoO Hospital das Clínicas, a Escola de Enfermagem e a Faculdade de Medicina da UFMG promoveram no Campus Saúde nesta quarta-feira, 31 de maio, uma série de atividades educativas alusivas ao Dia Mundial sem Tabaco. O evento foi realizado em parceria com a Associação Médica de Minas Gerais e com a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte.

Durante toda a manhã houve orientação sobre os males do tabagismo, por meio da distribuição de material informativo e abordagem breve aos fumantes por profissionais de saúde qualificados, que entregaram uma cartilha com orientações sobre como parar de fumar. Foi realizada também a dosagem do monóxido de carbono no ar expirado pelos fumantes com um aparelho chamado monoxímetro. Além disso, o grupo “Show Medicina” fez uma apresentação teatral. Estudantes do Registro Hospitalar de Câncer (RHC) e de algumas ligas acadêmicas, como a Liga Acadêmica de Enfermagem em Oncologia da Escola de Enfermagem da UFMG, conversaram com o público sobre o câncer e outras doenças causadas pelo tabagismo.

De acordo com a pneumologista pediátrica  do Hospital das Clínicas da UFMG, Maria das Graças Rodrigues de Oliveira, uma das coordenadoras do evento, por ano, mais de seis milhões de pessoas no mundo morrem por causa das doenças ligadas ao tabaco, provocadas por cigarro, cachimbo ou charuto. “No Brasil, são cerca de 130 a 140 mil pessoas mortas em virtude do uso dos produtos do fumo por ano. As doenças mais importantes são 30% de todos os tipos de câncer, sendo que o câncer de pulmão 90% é causado pelo fumo, câncer de laringe 90% a 95% e 40% dos cânceres de bexiga. Tem câncer de boca, de esôfago, de pâncreas, de colo de útero, de rim. Além disso, 25% dos casos de infarto do miocárdio ocorrem em fumantes, 25% dos casos de acidente vasculares cerebrais e 85% dos casos de enfisema e bronquite crônica”, explicou Maria das Graças.

dosagempneumologista Maria das Graças realizando a dosagem do monóxido de carbono

Um aulão de ginástica, aberto ao público, oferecido pela Academia da Cidade, também fez parte do evento como atividade de promoção da saúde. A aposentada Maria Thereza Calvo, de 75 anos, faz parte do grupo de alunos da Academia e relatou que foi fumante há seis anos e que decidiu parar de fumar por conta própria. Segundo ela, é muito importante o Campus promover esse tipo de evento para ajudar a conscientizar os fumantes sobre os riscos do cigarro. “Todos os eventos que o Campus Saúde faz são espetaculares. Sempre participo para ver o que está acontecendo e usufruir disso tudo”, relatou.

auulaoAulão de atividade física com a Academia da Cidade

A auxiliar de serviços gerais do Campus Saúde, Jaqueline Almeida Ferreira, é fumante desde os 13 anos e afirmou que olhar de perto como o cigarro é prejudicial à saúde motivou a procurar o tratamento. “As atividades são muito boas, pois incentivam as pessoas a pararem de fumar, principalmente quem não tem força de vontade, já tentei várias vezes, mas nunca consegui. Mas agora vou procurar tratamento no Ambulatório Bias Fortes”, declarou Jaqueline.
Tema da campanha
Neste ano, o tema mundial da campanha é “Tabagismo: uma ameaça ao desenvolvimento”. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a epidemia de tabagismo continua sendo a maior ameaça à saúde publica que o mundo já enfrentou. As evidências mostram que os produtos de tabaco são altamente letais, matando dois em cada três consumidores e afetam também a saúde de pessoas que não fumam, mas são obrigadas a inalar a fumaça de produtos de tabaco de terceiros. Além disso, a cadeia de produção de tabaco também gera danos ambientais, sanitários e sociais.